COM O AUMENTO DE DESPESAS, O VAREJO BUSCA NOVAS RECEITAS

Segundo Murilo Corrêa, diretor das Lojas Americanas, “o varejo é um negócio simples. Se você dificultar muito, você estraga”. Para ter sucesso, a premissa do setor é não errar no essencial: comprar bem e vender bem. Mas em períodos de insegurança e estagnação, o básico não é suficiente. De acordo com o IBGE, o início de 2015 foi o pior para o comércio na última década. Confirmando esta informação, relatórios de 12 redes varejistas com ação em bolsa, e vendas anuais R$26,58 bilhões, revelam que os seus custos operacionais estão subindo dois pontos percentuais acima da receita líquida.

Os números apontam que as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram uma alta de 10,2% de janeiro a março, índice acima da inflação do período, 8,1% (IPCA até março), ao passo que a receita líquida e o lucro líquido aumentaram apenas 8,3% e 6% respectivamente. Isto indica que as empresas conseguiram repassar apenas uma parte das pressões ao preço, pois o aumento da receita foi resultado mais de remarcações de tabelas que de aumento em volume de vendas.

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Fonte: releases divulgados pelas empresas e Valor Data

Neste ano, um conjunto de fatores ameaça o bom desempenho do comércio. A alta do dólar, dos custos fixos (água, luz e planos de saúde empresariais) e a insegurança do consumidor agem simultaneamente.

Multiplicadores de caixa

Para o especialista Nelson Barrizzelli, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, as empresas estão em busca de “multiplicadores de caixa”. Nelson explica que se as redes apenas cortam custos, o resultado é benéfico e positivo, mas acaba ali. Ao invés disso, elas buscam ações que aumentem o caixa num efeito contínuo, como uma nova receita.

Como exemplo de novas receitas, as Casas Bahia passaram a oferecer e cobrar pelo serviço de montagem de móveis. No segmento de vestuário, a Riachuelo optou por reduzir os descontos oferecidos nas negociações com os clientes inadimplentes, e a Raia Drogaria começou a investir mais na cesta de produtos da marca Pluii, integrante do mesmo grupo.

Outras empresas apostam na redução de custos, como o Grupo Pão de Açúcar, que dentre as novas medidas optou pelo compartilhamento de centros de distribuição de sites e lojas para diluir as despesas. Reforçar a venda dos produtos mais rentáveis também passou a fazer parte da estratégia de negócio de algumas redes.

Mas qual estratégia é a mais correta? Isto varia de acordo com as particularidades da organização. Para os analistas Guilherme Moura e Tales Paes, da Fator Corretora, um plano estratégico bem elaborado e maduro, e a boa gestão de estoques, por exemplo, terão mais efeitos nos resultados que o cenário macroeconômico. Segundo Moura, “as características de cada empresa vão garantir um bom desempenho ou uma deterioração ainda maior dos números”.

Nova receita através do cartão próprio

Outra forma eficiente de obter nova receita é a implantação de cartão private label como meio de pagamento. Com o cartão próprio, a empresa reduz as despesas com o pagamento de taxas aos cartões bandeirados, valor que pode ser bastante significativo levando em consideração o percentual de vendas realizadas através destes cartões. O varejista pode também se beneficiar das receitas financeiras oriundas da venda no plano rotativo e das taxas de cobrança, entradas que não ocorrem quando a empresa terceiriza sua gestão de crédito.

Além disso, o cartão próprio permite ao lojista o desenvolvimento de um maior relacionamento e consequentemente fidelização dos seus clientes, tendo em vista que esses passam a compor a sua base de clientes e não de terceiros.

A WayUp realiza ações de relacionamento que incentivam o retorno do cliente e promovem a sua fidelização, além de possuir modernas ferramentas e um time de especialistas altamente qualificados para a avaliação de risco, minimizando as perdas com crédito do varejista.

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Fonte: Valor Econômico

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