Há um movimento forte nos EUA (para variar), reverberando, de alguma maneira, aqui em terras brasileiras, no que se refere a tecnologia aplicada ao varejo.
Existe uma “ponta” mais charmosa e que dá mais mídia.
Espelhos inteligentes, pagamentos descomplicados, interações tecnológicas dentro do PDV.
Estas conexões com os clientes são importantes ensaios do que ainda está por vir. Deveriam gerar experiência que fizesse o cliente desejar ainda mais estar na loja física.
Apesar da importância destas tecnologias, a batalha diária do varejo, começa, e se dá violentamente, no back office. Longe das lojas.
É aí que já vislumbramos várias transformações. Gostaria de destacar 3 pontos, que a meu ver, são significativos e que tem sido tratados por nós no nosso dia a dia.
Dois deles estão mais à nossa mão. O outro, chegará para mudar tudo.
O primeiro ponto é o analytics. Agora vai.
Novos hardwares, pontos de contato, coletas seletivas e mais inteligentes estão ajudando a transformar o analytics em algo utilizável.
Mas o que está mesmo ajudando, é a oferta de serviços de análises destas informações por empresas de tecnoligia especializadas em varejo.
A lógica por detrás disso é simples. As empresas não tem tempo e nem pessoal em quantidade e capacitação para tirar o máximo proveito de toneladas de informações desestruturadas.
Desta forma, terceirizar parte do trabalho e ter com quem discutir os resultados, é uma tremenda vantagem.
Por décadas, empresas de software venderam a idéia de que colocariam a informação na mão dos decisores e que isso resolveria.
Nunca funcionou 100%. Nem perto de 50%. As pessoas não sabem exatamente o que fazer.
Importante. Estes tipo de serviço, para mim, é “intelligence as a service”. IaaS
Existem algumas poucas empresas nos EUA fazendo isso com sucesso. Evoluíram muito nos últimos 15 anos. Uma delas já está no Brasil.
O segundo ponto são ferramentas de nicho.
Simples, intuitivas e “propositivas”, com a desculpa pelo neologismo.
Trabalham em nuvem, coletam informações de qualquer ERP, processam e devolvem sugestões de como o varejista deve proceder.
O raciocínio é que elas funcionem como os acessórios que colocamos nos automóveis, “turbinando” e incrementando o ERP com funcionalidades que ele não tem.
Também é um tipo de IaaS.
Conheço umas 3 empresas já com bons produtos nesta linha.
Por último, chatbots.
Há quem diga, no vale do Silício, que eles substituirão os apps em cinco anos.
As aplicações podem permear tudo, incluindo o varejo.
Analisam dados, “aprendem”, sugerem, criticam. São softwares baseados em inteligência artificial (IA), que poderão interagir com os clientes finais, nas lojas, sites, pontos de contatos ou atuar como assistentes do back office nas análises dos analytics.
Por aqui ainda são incipientes. Mas já há gente trazendo, diretamente do Vale do Silício, ferramentas. Logo veremos alguma aplicação para varejo na praça.
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