Diferentes gerações consomem de diferentes formas. Os tradicionais “baby boomers”, ou ainda a Geração X, nascida até os anos 1980, pensam de forma bastante diferente dos millennials ou da Geração Z. E isso se reflete na hora de decidir o que e como comprar.
Com as novas gerações cada vez mais presentes no mercado consumidor, é fundamental ao empreendedor entender essas mudanças e adaptar seu negócio às tendências da sociedade.
Como cada uma das gerações consome?
As motivações para comprar determinado produto ou serviço mudaram. Pelo menos é o que aponta um estudo realizado pelo Sebrae, em que os consumidores millennials, mostraram-se mais inclinados a marcas alinhadas a seus valores e causas, especialmente em relação a pautas sociais e a temas como sustentabilidade, reciclagem, reflorestamento e produção natural.
Conectada às redes, essa geração procura, ainda, por um atendimento rápido, humanizado e personalizado. Ela recorre com frequência a compras virtuais e utiliza blogs e redes sociais para se informar sobre as marcas que consomem.
O que muda no comportamento de cada uma das gerações?
Há ainda uma geração mais nova de consumidores, que começa a entrar com mais força no mercado: a Geração Z, que compreende aqueles nascidos nos anos 2000 e que estão agora terminando a faculdade, tornando-se consumidores com maior poder de compra.
Nativos digitais, também valorizam a defesa de causas sociais e ambientais, seguindo a tendência dos millennials. Ainda segundo o Sebrae, essa geração vai mais além, e se interessa em conhecer a origem do produto e seu processo de fabricação.
Sim, a Geração Z pesquisa muito antes de comprar e é bem informada. Por isso, muitas empresas fazem parcerias com influenciadores e compartilham depoimentos de atuais clientes como forma de impulsionar suas vendas.
Para essa geração, a experiência do usuário também é essencial. Isso inclui um processo de compra fluido, com navegação intuitiva e boa velocidade de carregamento das páginas dos sites para compras online.
Não dá para bobear, já que eles são bastante exigentes e pragmáticos. A fidelidade de marca está cada vez mais em baixa, e essa geração não hesita em trocar de fornecedor caso não esteja satisfeita com o que procura.
Dica: Satisfação do cliente: o que é e como medir?
Como a nova geração lida com o crédito?
Na hora de lidar com crédito, os valores principais dessas duas gerações não são diferentes. Tanto os millennials quanto a Geração Z buscam por conveniência e fluidez, como na experiência das fintechs, os bancos digitais.
Não à toa, a maior parte dos clientes desse tipo de empresa pertence a alguma dessas gerações, com idade entre 16 e 34 anos, segundo pesquisa realizada pela PWC.
Eles são usuários intensivos de smartphones e de redes sociais, e buscam transparência e acessibilidade de produtos e serviços, além de detestarem burocracia.
Tanto que, segundo o estudo da PWC, 29% dos entrevistados entre 18 e 34 anos consideravam a experiência de navegação em sites para dispositivos móveis um item fundamental para a compra. 28% deles utilizavam meios de pagamento móvel como Apple Pay ou Google Wallet.
Assim como na hora de consumir, não cultivam fidelidade à marca em relação ao crédito. Por isso, uma boa experiência de compra é fundamental para deixar esse público satisfeito.
Como os varejistas podem se preparar
É verdade que a Geração Z entra apenas agora no mercado de trabalho e, consequentemente, no consumo de bens e serviços. Mas ela já impacta o cenário atual do comércio.
Na pesquisa Uniquely Generation Z, da IBM, 70% dos entrevistados dessa faixa etária afirmaram influenciar suas famílias em decisões de compra, especialmente no que diz respeito a móveis, bens para a casa, comida e bebidas.
São consumidores bem informados que devem ser observados com atenção. Confira algumas tendências de consumo que já podem ser praticadas hoje.
1. Empoderar os clientes
Os novos clientes querem simplificação. Menos burocracia, mais tratamento personalizado. Por isso, vale garantir a eles tratamento especial, principalmente no ambiente digital.
Vale apostar em ferramentas de UX (User Experience) e em soluções que facilitem a vida dos clientes. A personalização de ofertas também é um fator positivo que deve ser considerado.
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2. Oferecer segurança aos usuários
O novo consumidor pode estar confortável em navegar no ambiente digital, mas isso não significa que não esteja preocupado com a segurança de seus dados. A tendência é a valorização de sistemas que ofereçam maior segurança aos clientes.
Isso porque o vazamento de dados pode colocar em risco não só a segurança do consumidor, mas também a reputação da loja. Diversas ferramentas estão sendo desenvolvidas no mercado para evitar golpes financeiros, entre elas a tecnologia de blockchain e recursos de inteligência artificial. Vale ficar de olho!
3. Proporcionar boas experiências de compra
A Geração Z é impaciente com sites de baixa qualidade. Eles desejam navegar rapidamente em seus celulares, sem ter que enfrentar problemas de bugs ou designs não responsivos, seja para fazer pesquisas antes de efetuar as compras ou no momento de comprar.
Tanto que 62% afirmaram que não usariam aplicativos que fossem difíceis de navegar. Já pensou? Com um público que migra facilmente para diferentes marcas, é importante atentar-se em proporcionar boas experiências de compra com as melhores opções de pagamento.
E na loja, é importante uma exposição de produtos atraente e precificação clara que permita uma decisão rápida por parte do consumidor, seja através do autoatendimento ou com o auxílio de um vendedor cordial e simpático, sem excessos.
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